quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Fim de uma tarde.

Ele sabia que não duraria muito,
sua sobriedade estava com as horas contadas.
O clima teve sua contribuição,
lógico, tudo tem sempre alguma culpa.

O céu estava azulado, com algumas nuvens
estufadas de soberba e pretensão.
A tensão vagava no ar seco da tarde,
algo estava prestes a se quebrar
(além da sobriedade claro).

A cerveja chegou a sua mesa
Olhou para ela, serviu.
Agora ele tinha a cerveja servida
e essa linha fica vaga.

.
.goles pequenos
.

O gosto não estava perfeito,
mas o fato de estar gelada já fazia valer o dinheiro,
quando a moça chegasse para jogar palavras foras
ele não mais pensaria no gosto da cerveja.

. goles maiores
.

Ela iria se atrasar
Ele sabia
Todo mundo se atrasa
Ele sempre chega antes
Mas nunca fica sozinho
Sempre tem um copo

Sempre tem algo melhor pra fazer
do que ficar aqui escrevendo.

Ah, pro diabo, quer saber?
Vou terminar minha cerveja.

(No fim ela não se atrasou, ta bom assim?)

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