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O que me falta é a empolgação e a emoção em torno de algo. Consigo sempre me mover, levando em conta as adversidades, sempre consegui. Porém, desse vez não é como se estivesse apenas "manco", para conseguir superar e seguir em frente de qualquer forma. É como se tivessem tirado minhas pernas fora e dado para os cães comer.
Não consigo olhar para nenhum horizonte e não há ambição alguma.
O futuro é apenas nebuloso e obscuro, e todas as utopias estão mortas. Mesmo assim, falando de forma nietzscheana, mesmo sem as muletas metafísicas, não consigo aproveitar e viver esse tal "mundo da vida". Não me compreendam mal, às vezes surgem fagulhas de tesão pela vida, potência de agir... Não quero morrer, nem nada do estúpido desse tipo, não é por aí.
Eu torço, a cada notificação, a cada possibilidade de novidades, para que seja algo empolgante, e/ou emocionante. Algo que me dê novas expectativas, que me dê um bom motivo para correr atrás, porém é só soco na cara, porrada, tombo... Só aparecem fantasmas para me machucar. Nunca há ninguém novo. Não alguém que preste. E se houver, não virá como substituição de novo horizonte; não conseguirá prometer nada e trazer novos sonhos.
Preciso - pra já - eliminar qualquer ideia que sugira sonhos que não existem. Eliminar falsas opções. Parar de fingir algumas coisas para mim mesmo e começar a fazer as perguntas corretas: Quem sou eu? O que me dá medo? O que me alegra e me da potência de agir? Qual seria o pior desfecho possível nessa história toda?
A partir disso devo me achar novamente. Encontrar o eixo que me fará ser EU. Colocar o trem de volta nos trilhos. Parar de navegar cegamente. Acho que devo chamar isso tudo de TRABALHAR EM UM SONHO, por mais que esse encontre-se obscuro; por mais que quando comecei a escrever isso a ideia era outra, como mostra o título.
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